Diagnóstico diferencial das entesopatias. Parte 4 – Hiperostose esquelética idiopática difusa
Resumo
A hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH) é uma condição sistêmica caracterizada pela progressiva calcificação de ligamentos e ênteses, tanto axiais quanto periféricas, e com fisiopatogenia ainda desconhecida. Os principais fatores de risco associados são envelhecimento, obesidade e síndrome metabólica. Na maioria das vezes, o diagnóstico é incidental e realizado por meio de métodos de imagem solicitados por outras condições não relacionadas à DISH. A evolução dos sintomas é lenta, mas pode ser progressiva, incluindo dor torácica, lombar e/ou cervical; rigidez axial e articular; sintomas de compressão radicular (parestesia, claudicação e fraqueza em membros inferiores) e dor mono ou poliarticular. Com relação aos exames laboratoriais, os reagentes de fase aguda estão dentro da normalidade, em geral, e a prevalência do Human Leukocyte Antigen (HLA)-B27 é semelhante à população geral. Embora sem biomarcadores específicos, os marcadores de síndrome metabólica, como elevação da ferritina e insulina, podem estar presentes. O principal método de imagem na DISH é a radiografia da coluna vertebral, que caracteristicamente mostra a presença de calcificação do ligamento longitudinal anterior, com aspecto ondulante, sobretudo no lado direito da coluna torácica. A entesopatia periférica ou extra-axial também pode ser encontrada, particularmente em pés e joelhos. O tratamento é sintomático e baseia-se em analgesia, modulação da dor e reabilitação, bem como o controle do estado de resistência periférica à insulina.
Unitermos
Hiperostose esquelética idiopática difusa. Condições patológicas. Quadro clínico. Diagnóstico. Diagnóstico diferencial. Classificação. Tratamento.Correspondência: Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro, [email protected].
Ilustrações: Dr. Francisco Irochima Pinheiro, médico e ilustrador científico. Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor da Disciplina de Oftalmologia (UFRN). Professor da pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (UnP).
Como citar este artigo: Pinheiro MM, Oliveira TL. Diagnóstico diferencial das entesopatias. Parte 4 – Hiperostose esquelética idiopática difusa. Rev Paul Reumatol. 2020 out-dez;19(4):44-54. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2020.19.4.44-54.
Os autores não contaram com apoio financeiro.
Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e empresas descritos neste artigo.
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