Epidemiologia da osteoporose no Brasil
Introdução
A osteoporose, como doença sistêmica, é caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade do esqueleto e maior susceptibilidade à fratura por pequenos traumas(1). Mais recentemente, recomenda-se a inclusão de outros determinantes esqueléticos para o maior risco de fratura, como aspectos qualitativos (geometria, resistência, remodelação, acúmulo de microdanos, mineralização), enfatizando, assim, o conceito de força óssea na definição da doença. É importante ressaltar que fatores extraesqueléticos, como quedas (energia do impacto, tipo de trauma, entre outros), também devem ser considerados na avaliação da população de risco.
Tradicionalmente, é reconhecida como doença multifatorial, na qual aproximadamente 70% dependem de fatores genéticos e 30%, de fatores ambientais. Portanto, um único fator de risco não é capaz de identificar indivíduos com ou sem fratura. Diferenças genéticas, raciais e antropométricas, bem como da composição corporal, densidade óssea, dieta, atividade física e outros hábitos de vida contribuem para explicar as divergências na prevalência de baixa densidade óssea e fratura em diversos países do mundo.
De 1994 a março de 2010, mais de 230 estudos nacionais sobre osteoporose foram desenvolvidos e publicados em revistas científicas referenciadas pelo banco de dados do PubMed, Medline, SciELO e Lilacs, dos quais cerca de 70 descreveram especificamente a situação epidemiológica no Brasil.
Como citar este artigo: Pinheiro MM, Szejnfeld VL. Epidemiologia da osteoporose no Brasil. Rev Paul Reumatol. 2011;10(S1):9-20. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2011.10.S1.9-20.
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