O uso clínico da densitometria
Introdução
O emprego clínico da densitometria óssea confunde-se com o desenvolvimento dos conhecimentos científicos no campo da osteoporose. Até meados dos anos 1980, a osteoporose figurava unicamente entre as manifestações humanas vinculadas a uma longa existência.
Já no início dos anos 1990, impulsionada pela possibilidade de estratificar indivíduos de acordo com o gradiente de risco para fraturas, a ciência lançou-se numa cruzada na busca de intervenções farmacológicas capazes de impedir as perdas de massa óssea características do processo de envelhecimento humano e, um pouco mais tarde, também para estimular a atividade osteogênica.
Vias de regulação do balanço ósseo foram (e vêm sendo) identificadas e novos recursos terapêuticos e diagnósticos foram desenvolvidos, alavancados pela densitometria óssea.
A definição operacional da osteoporose, ainda hoje utilizada em todo o mundo como variável insubstituível na prática médica, foi proposta em 1994 pela Organização Mundial da Saúde (OMS)(1). O critério da OMS baseia‑se em achados de densidade mineral óssea (DMO) por absorciometria de dupla emissão de raios X (DXA), limitados à coluna lombar, colo femoral, fêmur total ou rádio distal (33%). A Tabela 1 resume os critérios de estratificação propostos pela OMS.
Desde então, várias são as iniciativas para padronizar o uso clínico, interpretação e prática da densitometria. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens), em estreita vinculação científica com a International Society for Clinical Densitometry (ISCD), vem, desde 1993, conduzindo programas de qualificação e certificação profissionais amplamente reconhecidos pela comunidade científica.
Como citar este artigo: Eis SR, Zerbini CAF. O uso clínico da densitometria. Rev Paul Reumatol. 2011;10(S1):35-41. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2011.10.S1.35-41.
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