Editorial
Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípides
A síndrome dos anticorpos antifosfolípides (SAF) é uma entidade clínico-patológica que tem a interessante particularidade de que no processo histórico de sua identificação e definição agregaram-se, desde o início, determinadas alterações laboratoriais, especificamente o anticoagulante lúpico e o anticorpo anticardiolipina. Esse histórico difere frontalmente de diversas outras entidades reumáticas que tiveram seu quadro clínico definido décadas ou mesmo séculos antes que se descobrissem marcadores sorológicos a elas associados. Em decorrência desse histórico peculiar, a doença leva a designação do auto-anticorpo em seu nome e os mesmos estão entre os seus critérios diagnósticos obrigatórios. Entretanto, o vínculo entre a SAF e os anticorpos antifosfolípides ultrapassa o contexto histórico e se consubstancia no fato de que os antígenos alvos dos referidos auto-anticorpos estão envolvidos em etapas do controle do processo de coagulação. De fato, há uma série de evidências de que os anticorpos antifosfolípides desempenhem papel patológico na SAF. O paradigma conceitual atual da SAF encerra um corolário: quadros clínicos sugestivos de SAF e que não tenham a demonstração laboratorial dos anticorpos antifosfolípides não podem ser rotulados como SAF. Tal eventualidade, entretanto, não é incomum e dá origem a uma angústia na busca de se definir a etiopatologia dos quadros SAF-símiles em que não se encontram os tradicionais anticorpos antifosfolípides. Duas posi- ções alternativas, não necessariamente excludentes, podem ser adotadas. Uma delas consiste em afastar o conceito de SAF e buscar outras entidades nosológicas e outros mecanismos etiopatológicos. A outra consiste em manter a hipótese de SAF e buscar auto-anticorpos contra outros elementos da família dos fosfolípides ou contra proteínas associadas aos mesmos.
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Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípides (SAF): O Estigma de Um Nome
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