Biomarcadores em Hepatologia
Resumo
As hepatopatias autoimunes compõem um conjunto de doenças, entre as quais se destacam a hepatite autoimune, a colangite biliar primária e a colangite esclerosante primária. A determinação sérica de autoanticorpos é de fundamental importância para o diagnóstico dessas doenças, assim como para acompanhamento terapêutico e estabelecimento de critérios prognósticos. Entre os autoanticorpos disponíveis na prática clínica, os mais utilizados na abordagem das doenças hepáticas autoimunes são o anticorpo contra antígenos celulares, chamado de anticorpo antinúcleo (FAN), o anticorpo antimúsculo liso (AML), o anticorpo antimitocôndria (AMA) e o anticorpo antimicrossoma de fígado e rim (anti-LKM1). Na avaliação de anticorpos nas doenças hepáticas, tanto títulos, como padrões e comportamento ao longo do tempo são extremamente importantes para estabelecimento do correto diagnóstico, tendo em vista que esses marcadores carecem de especificidade e podem estar expressos de forma isolada ou em diferentes combinações. Em conjunto com outros elementos, como as determinações bioquímicas e o estudo histológico, permitem estabelecer com maior precisão o diagnóstico correto de cada doença. A presente revisão aborda o papel de cada biomarcador nas diversas doenças hepáticas de natureza autoimune, procurando estabelecer a relevância para o diagnóstico e a orientação prognóstica, incluindo o uso de marcadores menos utilizados na prática clínica, mas que vêm se mostrando de grande importância para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes, tais como o anticorpo antiantígeno hepático solúvel fígado-pâncreas (anti-SLA/LP), o anticorpo anticitosol hepático (ALC1) e os anticorpos anti-Sp100 e anti-gp210.
Unitermos
Autoanticorpos. Hepatite autoimune. Colangite biliar primária. Colangite esclerosante primária. Síndrome de sobreposição.Correspondência: Dra. Elze Maria Gomes Oliveira, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Oliveira EMG, Ferraz MLG. Biomarcadores em Hepatologia. Rev Paul Reumatol. 2019 jul-set;18(3):18-23. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2019.18.3.18-23.
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