Editorial
Critérios de classificação vs. critérios diagnósticos: um complexo quebra-cabeças para o reumatologista
Médicos não reumatologistas acreditam, equivocadamente, que nós, especialistas em doenças reumáticas, só conseguimos fazer o diagnóstico quando o paciente preenche critérios de classificação (CC) propostos pelas sociedades internacionais, especialmente o ACR (American College of Rheumatology) e a EULAR (European Alliance of Associations for Rheumatology). No entanto, é importante ressaltar que, de modo geral, não existem critérios de diagnóstico (CD) na reumatologia e o diagnóstico firmado pelo reumatologista é resultante de um raciocínio clínico apoiado em uma combinação de achados para determinado paciente, incluindo a interpretação das queixas, exame físico e aplicação de recursos propedêuticos apreendidos na semiologia, bem como avaliação da probabilidade pré-teste, resultados de exames laboratoriais e por imagem, ponderação sobre os diagnósticos diferenciais e, em algumas situações, dados histopatológicos. Com isso, estabelece-se o diagnóstico final, independentemente dos CC, e a mais adequada tomada de decisão precisa e deve ser feita.
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