Evidências científicas na prática de exercício físico em paciente com lúpus eritematoso sistêmico
Resumo
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune heterogênea e pleomórfica que pode acometer diversos órgãos e sistemas. Embora estudos prévios tenham demonstrado que pacientes com LES apresentam maior prevalência de fatores tradicionais de risco cardiovascular, o aumento do risco cardiovascular não é decorrente apenas da presença destes fatores, sugerindo que a doença desempenhe importante papel no desenvolvimento da doença aterosclerótica precoce, importante causa de morbimortalidade na doença. Além disso, pacientes com LES apresentam maior intensidade de fadiga, maior frequência de depressão, pior qualidade de vida, menor tolerância ao exercício e capacidade aeróbica e menor nível de atividade física que indivíduos sadios. Por outro lado, a prática de exercício físico regular tem sido descrita como uma modalidade extremamente útil e benéfica na diminuição da morbimortalidade cardiovascular na população geral, incluindo aumento da expectativa de vida e diminuição de desfechos cardiovasculares, assim como melhora da fadiga, capacidade aeróbica, qualidade de vida e depressão. Embora a prática de exercício físico regular apresente múltiplos benefícios aos pacientes com LES e seja uma estratégia útil e barata que pode ser aliada ao tratamento farmacológico da doença, a adesão à prática pelos pacientes ainda é baixa e o reumatologista deve ser encorajado a avaliar e incentivar o paciente para o início do exercício. Este artigo tem por objetivo descrever as principais evidências científicas na prática de exercício físico nos pacientes com LES.
Unitermos
Lúpus eritematoso sistêmico. Exercício. Doenças cardiovasculares. Terapia por exercício. Terapêutica.Correspondência: Dr. Edgard Torres dos Reis Neto, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Sordi CM, Reis Neto ET. Evidências científicas na prática de exercício físico em paciente com lúpus eritematoso sistêmico. Rev Paul Reumatol. 2019 out-dez;18(4):31-7. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2019.18.4.31-37.
Os autores não contaram com apoio financeiro.
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