Lactação em doenças reumáticas
Introdução
Doenças reumatológicas autoimunes frequentemente se desenvolvem mais em mulheres em idade reprodutiva e a amamentação é o melhor método de alimentação de recém-nascidos e lactentes, tendo em vista aspectos nutricionais, imunológicos, desenvolvimento psicológico, social e econômico. No entanto, a decisão dessas mulheres por amamentar enfrenta diversos desafios. As tradicionais categorias de risco do Food and Drug Administration (FDA) têm utilidade clínica limitada no tratamento de pacientes com doenças reumatológicas crônicas ativas durante o período de lactação. Elas combinam a avaliação de risco e benefício durante a gestação e são, para a maioria das drogas, baseadas em estudos em animais. Estudos de drogas em lactantes dificilmente são realizados com novos medicamentos. Dados em humanos se baseiam particularmente em relatos de eventos negativos relacionados à exposição inadvertida à droga durante a amamentação1.
Dessa forma, as taxas de iniciação da amamentação em mulheres em uso de medicações crônicas são baixas, mesmo sob recomendações a favor da manutenção do aleitamento durante a terapia. Lee et al. demonstraram que as taxas de iniciação do aleitamento são de aproximadamente 50% para mulheres que faziam uso crônico de carbamazepina ou propiltiouracil, ambas as drogas compatíveis com a amamentação2, comparadas com até 90% em mulheres controles. Informações equivocadas podem influenciar negativamente sobre a decisão das mulheres com doenças crônicas em amamentar, ainda que durante o tratamento com drogas seguras1.
Correspondência: Dra. Nádia Emi Aikawa, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Aikawa NE. Lactação em doenças reumáticas. Rev Paul Reumatol. 2016 abr-jun;15(2):40-6. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2016.15.2.40-46.
A autora não contou com apoio financeiro.
A autora declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e empresas descritos neste artigo.
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