Lúpus de início tardio
Introdução
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune que pode acometer diversos órgãos e sistemas. Tem incidência variável, com 3,8 casos/100.000 habitantes na Inglaterra1 e 7,8/100.000 habitantes no Brasil2. Com a melhora no diagnóstico e tratamento da doença nos últimos anos, além do aumento da sobrevida dos pacientes, tem-se observado cada vez mais frequentemente o surgimento de complicações decorrentes da doença ou de seu próprio tratamento, sendo o LES encarado como uma doença crônica.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) defina idoso como todo indivíduo com idade maior ou igual a 60 anos, para a formulação de políticas públicas, o limite de idade pode variar de acordo com o país. É importante frisar que, seja qual for o limite mínimo adotado, faz-se necessário considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e de independência entre as pessoas idosas em diferentes contextos3. Descreveremos, a seguir, as principais características do lúpus de início tardio, com relação a sua epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento. Na maioria dos estudos acerca do LES de início tardio ou lúpus de início no idoso, a idade adotada foi maior ou igual a 50 anos.
Correspondência: Dr. Edgard Torres dos Reis Neto, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Reis Neto ET. Lúpus de início tardio. Rev Paul Reumatol. 2016 out-dez;15(4):14-20. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2016.15.4.14-20.
O autor não contou com apoio financeiro.
O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e empresas descritos neste artigo.
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