Uso de medicações antirreumáticas na concepção e durante a gestação – considerações breves
Introdução
Algumas doenças reumáticas autoimunes acometem desproporcionalmente mais o gênero feminino, incluindo pacientes em idade fértil, quando a gestação pode ocorrer de forma planejada ou não. Os avanços no diagnóstico e manejo dessas doenças, em especial as modificações na abordagem terapêutica e o uso de novas classes de medicamentos, trouxeram significativa melhora da morbimortalidade da maioria das doenças reumáticas autoimunes, o que também acarretou a maior possibilidade de ocorrência de gestação1.
É essencial considerar que, especialmente nas doenças reumáticas autoimunes com envolvimento orgânico importante, há risco de eventos adversos para a mãe e para o feto durante a gestação, sendo muitas vezes necessário tratamento durante o período de planejamento gestacional, de gravidez e de puerpério, para controle de atividade da doença materna2.
O uso de medicações durante o período concepcional, gestacional e da lactação ocasiona grande ansiedade para a paciente gestante e para o médico que necessita prescrevê-las. Escolher o tratamento apropriado para pacientes gestantes e lactantes é, portanto, extremamente desafiador3.
O objetivo desta breve revisão é resumir as evidências atuais sobre a segurança do uso de medicações antirreumáticas durante o período da concepção e gestação.
Correspondência: Dra. Licia Maria Henrique da Mota, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Mota LM. Uso de medicações antirreumáticas na concepção e durante a gestação – considerações breves. Rev Paul Reumatol. 2016 abr-jun;15(2):32-9. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2016.15.2.32-39.
A autora não contou com apoio financeiro.
A autora declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e empresas descritos neste artigo.
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