Tratamento das entesopatias. Parte 2 – Tratamento medicamentoso
Resumo
O tratamento das entesopatias é baseado no controle da dor e inflamação, mas também na restauração da função e mobilidade, redução de recidivas e melhora da qualidade de vida dos pacientes. De modo geral, a identificação da possível etiologia do quadro entesopático (mecânico vs. inflamatório vs. superposição entre eles, por exemplo) é crucial para a tomada de decisão e os princípios biomecânicos individuais e o conhecimento fisiopatogênico do funcionamento e reparo da êntese irão nortear as estratégias terapêuticas. Além disso, é preciso avaliar os principais diagnósticos diferenciais, a fim de direcioná-lo para o controle da doença de base, sobretudo em doenças sistêmicas, como as espondiloartrites, doença por depósito de pirofosfato de cálcio, doença renal crônica, DISH ou síndrome metabólica/obesidade, bem como para causas infecciosas ou genéticas. Outra importante classificação é determinar se o quadro é agudo, crônico ou recorrente, e se há algum fator predisponente que possa ser identificado e modificável. Abordando especificamente o tratamento farmacológico das entesopatias, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são as medicações de primeira escolha e as infiltrações periarticulares, guiadas por imagem de preferência, são a segunda estratégia na prática clínica. Naquelas relacionadas às espondiloartrites, incluindo entesite e dactilite, uma abordagem mais alvo-específica pode ser usada, incluindo o uso de medicações modificadoras do curso de doença (MMCDs) e os imunobiológicos, tais como bloqueadores do TNFα, IL-17 e IL-23 e os inibidores das JAKs, associados à abordagem não farmacológica, sobretudo redução de peso e reabilitação.
Unitermos
Entesopatias. Entesites. Espondiloartrites. Tratamento medicamentoso. Procedimentos.Correspondência: Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro, e-mail: [email protected].
Como citar este artigo: Pinheiro MM, Campanholo CB, Assad RL, Sampaio-Barros PD, Saad CGS. Tratamento das entesopatias. Parte 2 – Tratamento medicamentoso. Rev Paul Reumatol. 2020 out-dez;19(4):87-93. DOI: https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2020.19.4.87-93.
Os autores não contaram com apoio financeiro.
Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e empresas descritos neste artigo.
Olá! Esta edição da revista está aberta a todos os visitantes.
Exibir PDF